Cada vez mais concordamos que Deus nos quer alegres.
Porém, o passado nos acostumou mal, a tal ponto que continuamos com a tentação
de falar da fonte da alegria que é o Tríduo Pascal de um modo triste.
Inventamos muitas leis, normas para disciplinar a liberdade do amor. Esquecemos
das palavras de São Paulo escritas aos Gálatas, das quais foi tirado o lema da
Campanha da Fraternidade deste ano, 2014: “é
para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1)”.
O Tríduo
Pascal é o centro do ano litúrgico.
Inicia na Quinta-Feira Santa quando
se celebra o mistério do cenáculo que orienta para a cruz e a ressurreição.
Jesus institui o memorial da sua santa paixão: a Eucaristia, o sacerdócio e o
lava-pés. O gesto humilde de lavar os pés dos apóstolos é uma explicação
simbólica do sentido da Eucaristia: o louvor a Deus através da doação e do
serviço fraterno. Na Sexta-Feira Santa,
celebra-se a Paixão e morte do Senhor, como fonte da nossa salvação. O Sábado Santo é o dia de espera
confiante, do aguardo da maior vitória de todos os tempos: a vitória da vida
sobre a morte. O simbolismo fundamental da celebração da vigília é ser uma
noite iluminada, mediante sinais, que a vida da graça brotou da morte de
Cristo.
Assim vamos colocar mais sabor, mais alegria nesta
festa litúrgica, buscando a unidade entre os membros da comunidade, unindo
nossa voz ao clamor de todas as crenças e da própria natureza, que sofre diante
de tantas divisões à espera da sua libertação.
Desejando uma feliz Páscoa, invoquemos a intercessão
de Nossa Senhora das Graças para que Deus nos conceda a graça de viver com
alegria a festa da ressurreição do Senhor.
Pe. João Corbellini – vigário paroquial