SINAIS DA
RESSURREIÇÃO
O primeiro
dia da semana inaugura a nova criação de Deus, o tempo da Ressurreição, da vida
que venceu a morte. Maria Madalena, Pedro e João representam os primeiros
seguidores, que ainda não haviam compreendido o poder infinito de vida que
estava em Jesus. Uma comunidade desorientada, que buscava o Mestre morto no
sepulcro.
Maria
Madalena é a primeira a encontrar algo inesperado: o sepulcro aberto. Ela nem
sequer olha o que há lá dentro e vai contar a Pedro e João, supondo que alguém
tivesse roubado o corpo do Senhor.
A corrida
dos dois discípulos ao sepulcro é a corrida simbólica da fé, e quem chega
primeiro é o Discípulo Amado. Chega antes quem ama e vive a relação do amor e
da amizade com Jesus. É o último a ver os sinais, mas o primeiro a acreditar.
Os sinais do
sepulcro vazio foram deixados aos seguidores de todos os tempos, também a nós:
um lençol ou faixas de linho estendidas, e um sudário enrolado num lugar à
parte.
Jesus não se
manteve preso às faixas que envolviam seu corpo crucificado. Ressuscitou.
Venceu o poder da morte, saiu do sepulcro para a vida. As faixas ou lençóis
estendidos representam a vida nova, pois fazem pensar num ambiente preparado
para a consumação de um casamento: a aliança definitiva entre o Esposo
ressuscitado e a nova humanidade.
Ao
apresentar o detalhe do sudário deixado num “lugar” à parte, o evangelho quer
mostrar que a Ressurreição de Jesus envolveu e deixou de lado o “lugar” de
morte, o Templo de Jerusalém e a ordem injusta ali estabelecida, para afirmar o
“lugar” por excelência, o corpo de Jesus ressuscitado, como o novo e definitivo
santuário para toda a humanidade. Pois, de fato, os que foram ao túmulo à
procura do corpo de Jesus saíram de lá como Corpo de Cristo.
Quem ama vê
os sinais e acredita. Na corrida de nossa fé, encontraremos sempre um sepulcro
vazio, encontraremos tantos sofrimentos injustos, tantas mortes prematuras. O
Ressuscitado, porém, vai nos deixar sempre os sinais de sua vitória, para
seguirmos além, anunciando ao mundo que seu amor está em nós, é maior que tudo
e supera tudo.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
FONTE: www.paulus.com.br/portal/o-domingo/1º-de-abril-domingo-da-páscoa