segunda-feira, 31 de maio de 2021
sábado, 29 de maio de 2021
HORA SANTA DE ORAÇÃO DE CORPUS CHRISTI
A Solenidade de
Corpus Christi, marcada neste ano de 2021 para o dia 03 de junho, traz em sua
essência a solidariedade. Primeiro, recorda que Cristo se fez solidário com a
humanidade ao doar sua vida na cruz e deixar ao mundo o memorial perene da
Eucaristia, que é atualizado em cada Missa. E o segundo aspecto é de caridade
para com os que mais sofrem. Neste sentido, todas as 18 dioceses do Rio Grande
do Sul irão participar do “Mutirão pela Vida de quem tem fome”, na qual os
fiéis poderão doar alimentos não perecíveis nas paróquias e comunidades, até 03
de junho.
O bispo da Diocese
de Caxias do Sul, dom José Gislon, convida os fiéis a participarem da ação,
tendo por modelo o próprio Jesus que, com generosidade, doou sua vida na cruz
por toda a humanidade. “Tendo presente o Cristo Jesus que deu a vida na cruz
para que tivéssemos vida em abundância, convido você a fazer um gesto de
caridade, para cuidarmos da vida daqueles que estão passando fome. Creio que é
um gesto bonito que podemos fazer”, salienta.
domingo, 23 de maio de 2021
PENTECOSTES: A LINGUAGEM DO AMOR
O Espírito Santo é o amor do Pai pelo Filho e do Filho pelo Pai que se derrama sobre todos os seres humanos através do batismo.
Pedro e demais apóstolos falavam uma linguagem que todos entendiam. Por quê? Que linguagem universal eles utilizaram? A linguagem do amor! Falavam do amor de Jesus Cristo pela humanidade. E por onde passavam, todos os povos compreendiam o que eles queriam transmitir. É a linguagem do amor do Espírito Santo que nos ensina a falar, a compreender e divulgar, a agir.
O Espírito Santo nos ensina a amar do jeito que Jesus nos ama. É importante que a gente saiba que a Igreja nasceu, foi criada para ensinar aos povos, as nações e raças diferenças, a amar. Esta é a missão mais importante de nossa Igreja.
Será que a gente está amando uns aos outros e as diferenças, como o amor de Jesus?
Uma das riquezas que temos é esta diversidade de línguas, povos, nações e nela deve surgir o amor ao próximo e a Deus. Pode-se pensar que unidade é uniformidade. Mas não é. Precisamos estar unidos naquilo que nos une e respeitar a diversidade, no amor ao próximo e a Deus. Somos todos diferentes e precisamos aprender e respeitar as diferenças de cor, de raça, de religião, de jeitos de ser e tudo o que nos diferencia. Mas não esquecer da unidade com Deus e o amor ao próximo.
E a Igreja tem esta missão importante. E como fazer isto? Precisamos todos levar o amor do Espírito Santo onde estamos: na família, no trabalho, na escola, no lazer, junto aos amigos e vizinhos...
Diante de tanta diversidade deve coexistir junto ao amor, o perdão. Às vezes, querendo ou não nos magoamos, nos machucamos, nos ferimos, dizemos palavras que não deveríamos falar. Por isso Deus, além do Espírito Santo, deu o poder de perdoar os pecados para convivermos na unidade. Sem o perdão não há comunidade, família, sociedade que viva o amor.
Além do amor e do perdão é necessário cultivar a paz. Somente onde existe o amor vai existir a paz. As revoltas, guerra, rancor, ódio, marcas, conflitos, raiva serão superados com gestos de amor.
Temos exercitado a linguagem do amor? Temos praticado o amor diariamente em nossas vidas? Sentimos ele arder em nossos corações?
O amor transforma a gente, nos torna mais humanos, fraternos, mais justos, mais carinhosos, mais capazes de ajudar os outros. Vamos praticar em nossa vida a linguagem do amor que vem como fogo abrasador do Espírito Santo. Através dele vivamos por amor, no amor e em amor.
sexta-feira, 21 de maio de 2021
ORAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Neste domingo dia 23, a Igreja celebra em seu tempo litúrgico a Solenidade de Pentecostes. Acompanhe a mensagem do pároco Roberto Carlos Favero e a oração do Espírito Santo.
quinta-feira, 20 de maio de 2021
SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE CRISTÃ
domingo, 16 de maio de 2021
COMUNICAR ENCONTRANDO AS PESSOAS COMO E ONDE ESTÃO
O apelo de Jesus continua a ressoar hoje no coração de homens
e mulheres que se abrem à sua mensagem. Além do testemunho pessoal, que tem
valor fundamental na evangelização, o mundo atual oferece inúmeros recursos
para o anúncio do evangelho, desde os meios tradicionais de comunicação até o
ambiente digital. Seja com a comunicação física direta, seja com os
instrumentos técnicos, o desafio é chegar com a Palavra de Jesus lá onde as
pessoas vivem concretamente.
É esse o teor da mensagem do 55º Dia Mundial das Comunicações
Sociais que comemoramos neste domingo. O tema escolhido pelo papa Francisco
para esta data especial é: “Comunicar encontrando as pessoas como e onde
estão”. Inspirando-se na frase bíblica “Vinde e vede” (Jo 1,46), o papa mostra que
é também tarefa da evangelização construir pontes com as pessoas, por meio da
escuta e do diálogo, na realidade em que vivem.
Ainda sentimos fortemente as consequências da pandemia, que
tem forçado a distância social. A comunicação, nesse contexto, pode ser um
recurso importante para a aproximação das pessoas, a fim de juntos buscarmos o
que é essencial na vida e compreendermos realmente o significado das coisas.
Ela também exerce papel valioso na busca da fraternidade e da solidariedade,
especialmente com os mais pobres e sofridos, um desafio que nasce do coração do
evangelho e que os discípulos de Jesus não podem ignorar na missão.
Pe. Valdir José de Castro, ssp
TEXO FONTE:https://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/ - Acesso em 15/05/21
IMAGEM FONTE: https://www.cnbb.org.br/divulgada-identidade-visual-para-o-55o-dia-mundial-das-comunicacoes-sociais/
quinta-feira, 13 de maio de 2021
ESCOLA CATEQUÉTICA
Acompanhe pelo canal do YouTube da Diocese de Caxias do Sul a segunda etapa da escola catequética 2021.
Http://bit.ly/YouTubeDiocesedeCaxias
segunda-feira, 10 de maio de 2021
HOMENAGEM À PADROEIRA NA CAPELA DO CINCO BAIXO
A comunidade da capela do Cinco Baixo prestou homenagem à sua padroeira, Nossa Senhora de Caravaggio, no último final de semana, dias 8 e 9 de maio. Em virtude da pandemia, não foi possível realizar a grande festa anual.
A comunidade realizou no sábado a partir das 14h, homenagem passando pelas ruas da comunidade, conduzindo a imagem da santa num veículo. No domingo foi celebrada missa às 9h na capela sendo presidida pelo vigário paroquial Carlos Augusto Bertotti. Os festeiros agradecem a todos pela colaboração e participação.
domingo, 9 de maio de 2021
sábado, 8 de maio de 2021
JOSÉ DE NAZARÉ, HOMEM DE TERNURA E CUIDADO AMOROSO
“Jesus viu a ternura de Deus em José: «Como um pai se compadece dos filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem» (Sal 103, 13).Com certeza, José terá ouvido ressoar na sinagoga, durante a oração dos Salmos, que o Deus de Israel é um Deus de ternura, que é bom para com todos e «a sua ternura repassa todas as suas obras» (Sal 145, 9)” (Papa Franciscon – Patris Corde)
Com a carta apostólica “Patris Corde” (com coração de pai), o Papa Francisco lança uma nova luz sobre São José, revelando-o inspirador de muitas pessoas que, trabalhando no silêncio, longe dos focos e câmeras, estão escrevendo os acontecimentos decisivos da história. Como S. José, o Papa define estas pessoas como aparentemente ocultas ou na “segunda fila” no cenário da história, mas são presenças que fazem a diferença, pois assumem a fragilidade dos outros, curando as feridas existenciais, com atitudes acolhedores sobre as pessoas, deixando transparecer em seu olhar a ternura e o cuidado de Deus, Pai-Mãe providente.
Ao falar de S. José, o Papa nos desperta para que estejamos conscientes de que nossa vida está tecida e sustentada por pessoas normalmente esquecidas, ocultas e que, a partir de posições aparentemente de segunda linha, manifestam um protagonismo sem igual na história da salvação, através de gestos que sabem dizer aos cansados, aos humilhados e excluídos, aos sem voz: “estou contigo, acolho seu sofrimento, tua solidão, tua busca da vida; sou sensível às tuas lágrimas e à tua fragilidade; não há nada em ti que me deixe indiferente”. São pessoas que, através do cuidado compassivo, se fazem próximas e solidárias da condição humana de cada um de nós.
Recuperar o sentido da ternura exige de nós contemplar a vivência da ternura de José de Nazaré, e não só como um mero modelo ético de atuação, senão em sua profunda intimidade e filiação referida a um Deus materno cujas entranhas se estremecem e sente ternura por seus filhos e filhas.
A ternura emerge assim como algo que é, antes de mais nada, próprio de Deus, e Deus, como Aquele que instaura o primeiro movimento de ternura para com a realidade, como a relação que une Àquele que dá o ser com aquele que o recebe (Criador e criatura).
O coração de Deus é o de um Deus com “entranhas de ternura”, entranhas que se comovem e que o fazem sair e transbordar-se como amor terno sobre a história e sobre a humanidade. Ou seja, antes de mais nada, há uma ternura divina que se adentra como Amor absoluto de Deus nas fibras do ser humano. À imagem desse Deus de ternura fomos criados como seres capazes e necessitados de ternura. Uma ternura que não será senão um pálido reflexo dessa “forma suprema de ternura” que é o Amor de Deus, que se aproxima da realidade humana como Ternura amorosa.
Contemplando a pessoa de São José, podemos também descobrir que nosso Deus é um Deus de ternura. Só quem experimentou a ternura de Deus se sabe possuidor de uma “segunda pele” que certamente o faz mais vulnerável, mas ao mesmo tempo mais humano, ou ao menos, mais apto para penetrar no secreto de uma humanidade capaz de sentimento e estremecimento até os limites não imaginados. Nele pulsa o coração de Deus que se sintoniza com a pulsação do coração do mundo.
Com
razão afirmava Abrahán Heschel, que “o grau de sensibilidade diante do
sofrimento humano indica o grau de humanidade que temos atingido”. E é a ternura aquela que desperta em nós essa
sensibilidade e mede, por isso, o grau de humanidade alcançado.
A ternura é o afeto que devotamos às pessoas e o cuidado que aplicamos às situações existenciais marca-das pela fragilidade. É uma proximidade que se revela como intuição, vê fundo e estabelece comunhão. A ternura brota quando a pessoa se descentra de si mesma, sai na direção do outro, sente o outro como outro, participa da sua existência, deixa-se tocar pela sua história de vida. Esse sentimento é um modo de ser existencial que afeta todas as dimensões da pessoa.
A expressão por excelência da ternura é o carinho, onde se acentua a proximidade física e o respeito ao outro. O carinho em certas situações é a melhor forma de comunicação não-verbal. Ele revela cuidado solícito, manifesta sensibilidade através do contato físico, expressa-se como gesto sensível que quer acolher a pessoa como tal. A ternura é impulso íntimo e comunicacional, é forma de viver e de conviver, circula entre as pessoas, sustenta novas relações, é valor original que se irradia como verdade. A ternura se expressa como acolhida de quem é frágil e não se cansa de amar. Forte é a ternura que permanece resistente. A ternura revela lucidez, firmeza e tenacidade. Não se deve confundir ternura com emocionalismo.
A ternura possui fibra e sustenta causas justas. A ternura mantém fidelidade às pessoas e assume posições sérias. A verdadeira ternura é destemida, não se amedronta e sustenta a verdade, é corajosa, não compactua com a violência, a crueldade, a exclusão. A ternura pode e deve conviver com o extremo empenho por uma causa: “hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás” (Che Guevara).
A ternura emerge do próprio ato de existir no mundo com os outros. A ternura mantém a reciprocidade com o diálogo, a afetividade, a compreensão, a amizade, o respeito, o direito, a solidariedade; ela é aberta, não se fecha, ajuda o mundo a ser humano e não selvagem, é alegre e não triste, pacífica e não belicosa, justa e não legalista, limpa e não contaminada. Assim, a ternura ética preserva a humanidade, ventilada pelo sopro da dignidade. A ternura leva a pessoa a sentir-se gente.
O cuidado vive do amor primordial, pois o amor é a expressão mais alta do cuidado; tudo o que amamos também cuidamos e tudo o que cuidamos é um sinal de que também amamos. O cuidado abre-nos caminho para viver, com mais intensidade, nossa humanidade. E viver “humana-mente” significa viver em vulnerabilidade. A arte do cuidado confere a cada um a capacidade de exercer a paternidade-maternidade espiritual; cuidar é sentir o outro, é verdadeiramente escutar, é ter um olhar desarmado, eliminando todo preconceito. Cuidar é dar atenção com ternura, isto é, descentrar-se de si mesmo e sair em direção do outro, participando de sua existência; é esvaziamento de si mesmo para deixar o mistério da fragilidade do outro, que também traz em si, encontrar abrigo no coração.
Cuidar é entrar em sintonia com... Disso emerge a dimensão de alteridade, de respeito, de sacralidade... Quem não aceita a própria vulnerabilidade e inter-dependência não desenvolve atitudes de cuidado. Quem não aceita ser cuidado, também não está disposto a cuidar dos outros. Somos educados para sermos “super-homens” ou “super-mulheres”; aprendemos a não admitir e a não aceitar o limite, a vulnerabilidade, o fracasso... O ser humano é finito, portanto vulnerável. Ele não se basta a si mesmo; necessita de relações com o seu meio, com os seus semelhantes e com o Transcendente, dando sentido à sua existência.
Isto significa que o cuidado faz parte da constituição do ser humano. É um “modo-de-ser” singular do homem e da mulher. Fomos criados à imagem e semelhança do “Deus cuidador e providente”. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude “kenótica”, porque exige o esvaziamento de nós mesmos para deixar o mistério do outro encontrar abrigo em nosso coração. O cuidado se encontra na raiz primeira do ser humano, é um “modo-de-ser essencial” de cada pessoa. É uma dimensão fontal, originária, primeira, impossível de ser totalmente esvaziada. Por isso, para além do “ter cuidado”, “somos cuidado”; é da nossa essência, ou seja, no cuidado vamos construindo nosso próprio ser, nossa autoconsciência e nossa própria identidade.
Texto bíblico: Is 49,8-26 - Os 11 - Mt 6,25-34 - Mt 5,43-48
Na oração, quem já foi afetado por um olhar de uma pessoa pobre ou sofredora, e deixou que este olhar penetrasse no fundo do seu coração, sabe que não sai “ileso” desta experiência; algo mudou dentro de si: a ternura é despertada e o cuidado é mobilizado. O modo-de-ser-ternura e cuidado de São José se prolonga em nós, no encontro com as pessoas. Pedir a graça de sentir a ternura, o carinho, a proteção das mãos benditas e providentes de São José. Alargar o coração, para que aí a ternura de Deus possa fazer morada.
Pe. Adroaldo SJ