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Ainda nos encontramos no tempo do Natal. O Evangelho deste domingo
apresenta os magos do Oriente, guiados pela estrela, indo em busca de Jesus, o
novo rei dos judeus. Antes de tudo, os magos procuram em Jerusalém, cidade dos
poderosos. Ali a estrela deixa de brilhar, pois o recém-nascido não se encontra
no palácio dos opressores. Informados pelos entendidos, os magos partem para
Belém, vila dos pequeninos, e assim passam a ser iluminados novamente pela
estrela. Quando Herodes e as autoridades de Jerusalém sabem disso, ficam
alarmados. Percebe-se o conflito entre Jerusalém, centro do grande poder, e
Belém, cidade insignificante e lugar dos pobres.
A estrela, visível somente para quem espera grande novidade, guia
aqueles sábios para onde está o recém-nascido, a verdadeira luz, da qual a
estrela é apenas um sinal. Essa “estrela” será a verdadeira luz das nações que
se deixam orientar por ela.
Os magos podem representar os homens e mulheres de todos os tempos e
lugares que procuram, caminham e perguntam onde encontrar o Rei de todos os
povos. Ele pode ser encontrado, desde que nos deixemos iluminar pela “estrela
de Belém”. Essa é a atitude de quem não se fecha em si mesmo, mas vai em busca;
de quem participa da “Igreja em saída” – nas palavras do papa Francisco; de
quem aceita o convite para ir além dos limites estreitos de certos ditames
supostamente “religiosos”, superando preconceitos, intolerância e fanatismo.
A solenidade da Epifania quer nos lembrar que Jesus não é propriedade
exclusiva de ninguém. Ele é a revelação de Deus a todas as pessoas. Veio para
todos os povos que se propõem acolhê-lo. Iluminados pela “estrela de Belém”,
somos convidados a ser luz, para as pessoas saírem da situação sombria em que
estão vivendo. Jesus, luz do mundo, convida-nos a iluminar o caminho, envolto
em dúvidas e incertezas, de tanta gente desorientada e perdida. Que a estrela
que conduziu os magos nos conduza sempre ao encontro de Jesus.
Pe. Nilo Luza, ssp
Acesso em 02/01/22