sexta-feira, 15 de abril de 2022

AMOU-NOS ATÉ O FIM

Imagem do Cristo morto - Igreja matriz de Arcoverde - Fotografia de Caroline Zarpelon

O fel lhe dão por bebida sobre o madeiro sagrado.

Espinhos, cravos e a lança ferem seu corpo e seu lado.

No sangue e água que jorram, mar, terra e céu são lavados.

 

Ó Cruz fiel, sois a árvore mais nobre em meio às demais,

que selva alguma produz com flor e frutos iguais.

Ó lenho e cravos tão doces, um doce peso levais.


Árvore, inclina os teus ramos, abranda as fibras mais duras.

A quem te fez germinar minora tantas torturas.

Leito mais brando oferece ao Santo Rei das alturas.

 

Só tu, ó Cruz, mereceste suster o preço do mundo

e preparar para o náufrago um porto, em mar tão profundo.

Quis o Cordeiro imolado banhar-te em sangue fecundo.

FONTE: https://www.facebook.com/diocesedecaxias/