Imagem do Cristo morto - Igreja matriz de Arcoverde - Fotografia de Caroline Zarpelon
O fel lhe dão por bebida sobre o madeiro sagrado.
Espinhos, cravos e a lança ferem seu corpo e seu lado.
No sangue e água que jorram, mar, terra e céu são lavados.
Ó Cruz fiel, sois a árvore mais nobre em meio às demais,
que selva alguma produz com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces, um doce peso levais.
Árvore, inclina os teus ramos, abranda as fibras mais duras.
A quem te fez germinar minora tantas torturas.
Leito mais brando oferece ao Santo Rei das alturas.
Só tu, ó Cruz, mereceste suster o preço do mundo
e preparar para o náufrago um porto, em mar tão profundo.
Quis o Cordeiro imolado banhar-te em sangue fecundo.
FONTE: https://www.facebook.com/diocesedecaxias/