Deus vem para o meio de nós.
Trata-se de um mistério grande. Tão grande, que enche o mundo de espanto. Não
espanto de medo, mas espanto de alegria. A alegria verdadeira, aquela que dá
sentido à vida.
Quem vem para o meio de nós é o
amor. Deus é amor. Ele, na sua infinita bondade, assume nossa frágil condição.
Das alturas se inclina e desce ao chão da vida humana. Em tudo semelhante a
nós, menos no pecado.
Menos no pecado, porque o Deus da
vida não negocia com o mal. Deus é o Bem! Ele nasce, vem de mansinho bater à
porta de nosso coração. Chega como um amigo, suavemente pede licença para
entrar em nossa vida. Jamais entra onde não lhe é dada permissão. Ele poderia
chegar empurrando portas e janelas. Mas não. Ele pede licença, porque o amor
respeita a liberdade, é um presente.
O tempo do Advento ensina que ele
vem chegando. Infelizmente, inventou-se um Natal do “comprar”, esquecendo que o
Natal de verdade não se compra. O Natal de verdade é um presente.
O mundo tem futuro, porque o amor
está nascendo. Ele nasce para dizer “não” aos poderosos que impõem fardos
pesados nos ombros dos pobres. Nasce para derrotar todos os esquemas que
fadigam homens e mulheres; esquemas que incutem falsas ofertas de felicidade.
Nasce para dizer que a vida é maior que a morte.
Ele vence não pela sorte nem
pelas armas. Quem nasce tem a vitória pelo poderio do amor. Seu olhar
compassivo tem o abraço de ternura e o beijo de mãe. Quem nasce traz em suas
mãos o céu, o eterno. Que nosso coração esteja pronto para acolhê-lo.
FONTE: https://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/18-de-dezembro
IMAGEM: Igreja matriz de Arcoverde