quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

CINZAS - AÇÕES QUE AGRADAM A DEUS E AO PRÓXIMO


O Evangelho deste início de Quaresma nos apresenta a nova proposta de Jesus a respeito das “boas obras” ou “obras de piedade”: esmola, oração e jejum.

A esmola vem em primeiro lugar. Portanto, o primeiro compromisso do cristão é com o próximo. Esmola não é apenas dar algumas moedinhas aos que perambulam nas ruas de nossas cidades, para aliviar nossa consciência. Em grego, a palavra “esmola” tem a mesma origem de “misericórdia” e “compaixão”. Nesse sentido, quando vemos um pobre sofrendo, deveríamos sentir a mesma dor que ele está sentindo e “colocar as mãos no bolso” para socorrer suas necessidades.

A oração estabelece nossa relação com Deus. Jesus nos pede uma oração despojada de pretensões e de muito palavrório, sem alarde nem hipocrisia. Uma oração que corresponda à nossa vivência cotidiana e passe pela esmola, nosso compromisso com o próximo.

O jejum nos confronta diretamente, convidando-nos a renunciar a algo que consideramos importante, a abrir a mente para novos horizontes, nos quais descobrimos pessoas despojadas de tudo, em jejum permanente. O jejum é um exercício de educação dos próprios instintos e paixões que também passa pela esmola: jejuo para proporcionar algo ao que sobrevive com quase nada.

Jesus dá novo sentido a essas antigas práticas. O Mestre propõe que não sejam fingidas, mas autênticas, como nos lembra o lema da Campanha da Fraternidade deste ano: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).

Pe. Nilo Luza, ssp

FONTE: https://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/22-de-fevereiro-quarta-feira-de-cinzas

IMAGEM: https://www.vaticannews.va