Vista parcial do Cemitério de Arcoverde - Carlos Barbosa - Entardecer na véspera de Finados
Bom Dia! Dia de Finados... O
silêncio se evidencia... A saudade se impõe... Preces sobem ao céu... Lágrimas
caem... Mais do que palavras, é um dia feito de muitos sentimentos e
lembranças... Que bom saber que a vida é eterna... Feliz e abençoado dia! “Perder
quem amamos nos obriga recalcular a rota.” (@psijoiceantunes). O ser humano
possui a habilidade de refletir e de acolher as diferentes situações da vida.
Para além da racionalidade, sentir a vida e suas nuances é algo necessário e
determinante. Um universo de questionamentos nos invade, tornando-se mais
insistente em determinadas ocasiões. O dia de finados é provocador de uma
variedade infinita de pensamentos, lembranças e emoções. Se pudéssemos,
voltaríamos no tempo e ajustaríamos o que não foi feito de acordo. Sei que o
princípio gerador de tantos questionamentos é o amor, que nos coloca sempre na
condição de devedores: por mais que tenhamos feito, poderíamos ter feito mais.
A grande maioria se sente assim: fragilizada pela sensação de que algo mais
podia ter sido feito. Quem ama nunca tem a certeza de que fez o suficiente.
Somos realmente inacabados e um pouco distantes de um formato ideal, mas nos
deixamos conduzir pelo processo de evolução, pois pretendemos alcançar a
eternidade. A morte é uma realidade e uma certeza para todos. Não há a
necessidade de passar os dias pensando no término de nossa existência, aqui
neste mundo. O que nos ocupa e nos move é a vida. A morte é uma mera passagem,
é uma porta que nos dá acesso ao definitivo. Acontece que gostaríamos de
explicar o que é desconhecido, mas não podemos adentrar esse universo que
abrange o que denominamos de eternidade. A fé existe justamente para tentar
explicar o invisível. Não sabemos os detalhes mas podemos acreditar: isso é
maravilhoso. Ninguém é obrigado a crer no céu, mas muitos acreditam e vivem na
esperança do reencontro. É evidente que a dor nos invade quando perdemos
aqueles que amamos. Apesar da dor e da falta que os nossos nos fazem, é preciso
continuar a caminhada. Temos que recalcular a rota e prosseguir, pois a
esperança do reencontro nos habita e não nos deixa desanimar. Não é fácil para
ninguém, mas podemos nos ajudar na superação e no consolo mútuo. A
espiritualidade nos eleva e nos permite acalmar o coração, na certeza de que estamos
na rota certa. No céu, um dia, iremos nos encontrar. Bênção! Paz & Bem!
Santa Alegria! Abraço! (Frei Jaime
Bettega)
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