Não confundam felicidade com um sofá, diz Papa aos jovens
“Sim, julgar que, para ser felizes, temos necessidade de um bom sofá”, diz Papa na Vigília de Oração com os jovens da JMJ
André Cunha
Da redação
Da redação
O “Campus Misericordiae” estava repleto de jovens neste
sábado, 30, para a Vigília da JMJ, em Cracóvia. Sob sol forte e céu
azul, mais de um milhão e meio participou do evento, segundo informou a
Rádio Vaticano.
O Papa Francisco chegou ao local para presidir a Vigília; passou pela
Porta Santa junto com cinco jovens que representavam os continentes;
depois, quebrou o protocolo e convidou-os para um giro no papamóvel.
Surpresos, os jovens embarcaram para um passeio com o Pontífice.
No discurso, Francisco comentou os testemunhos dos três jovens, que
iniciaram o encontro. Ele destacou o de Rand, uma jovem síria que contou
como a guerra tem destruído seu país e seu povo. O Papa afirmou que,
diante desse sofrimento, a resposta da Igreja e dos cristãos não deve
ser o ódio, a violência ou o terror, mas a fraternidade.
“Não queremos vencer o ódio com mais ódio, vencer a violência com
mais violência, vencer o terror com mais terror. A nossa resposta a este
mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade, chama-se irmandade,
chama-se comunhão, chama-se família”, afirmou.
O Santo Padre disse que o medo, experimentado pelos jovens que
testemunharam, não deve causar paralisia. “A paralisia faz-nos perder o
gosto de desfrutar do encontro, da amizade, o gosto de sonhar juntos, de
caminhar com os outros”.
Mas, para o Papa, há outra paralisia ainda mais perigosa e difícil de
identificar: a paralisia que brota quando se confunde a felicidade com
um sofá! “Sim, julgar que, para ser felizes, temos necessidade de um bom
sofá”.
“Certamente, para muitos, é mais fácil e vantajoso ter jovens
pasmados e entontecidos que confundem a felicidade com um sofá; para
muitos, isto resulta mais conveniente do que ter jovens vigilantes,
desejosos de responder ao sonho de Deus e a todas as aspirações do
coração”, afirmou o Papa.
Uma vigília de arte, música e oração
A Vigília teve início com os testemunhos de três jovens que relataram
experiências pessoais de conversão, sofrimento com a perseguição e a
guerra e vício de drogas.
Nas peças de dança e teatro, os jovens retratam o amor aos
indiferentes – aqueles que são dependentes das tecnologias e inertes às
realidades que os envolvem; o atentado ao Papa João Paulo II em 13 de
maio de 1981 e perdão do Pontífice ao atirador.
A figura de Santa Faustina, polonesa padroeira da JMJ, representada
no palco por uma jovem, perpassou todas as cenas e testemunhos. Os
jovens contaram também sua história de conversão que teve início em uma
noite de “balada”.
Uma adoração eucarística concluiu o momento com a presença do Papa
Francisco. Mas a festa dos jovens deve continuar pela madrugada a dentro
esse domingo, 31, na Missa de Envio que concluirá a JMJ 2016.
FONTE:http://noticias.cancaonova.com/especiais/jmj/cracovia-2016
sábado,
30 de
julho de
2016,
16h08