Guiados pela
estrela, os magos chegam a Jerusalém e buscam informações a respeito do
recém-nascido. Isso alarma os poderosos da capital, que fingem ter interesse em
também adorar o menino. Jesus, desde o nascimento, é causa de alegria e de
perturbação ao mesmo tempo. A aceitação e a rejeição o acompanharão ao longo de
toda sua vida: os pequeninos que se abrem ao amor de Deus o seguem com alegria;
os poderosos e orgulhosos são incapazes de acolher o dom de Deus.
Esse texto
marca a tensão entre Jerusalém – onde se encontra o palácio do rei e o templo
dos sacerdotes, que rejeitam o Salvador – e Belém, lugar dos pequeninos, que
acolhem e seguem o Messias. Entre esses dois polos sempre haverá conflito: cabe
a cada um fazer sua escolha.
A estrela que
guiou os magos é vista como sinal providencial de Deus, que guia o ser humano.
Ela deixa de brilhar em Jerusalém, porque esta vive nas trevas, e volta a
brilhar para os que buscam a luz da humanidade, Jesus. A verdadeira estrela
agora é o recém-nascido. É por essa estrela que somos convidados a nos guiar ao
longo do ano.
Os presentes
oferecidos pelos magos revelam a identidade do pequenino de Belém: sua divindade
(incenso), sua realeza (ouro) e sua humanidade (mirra).
Epifania é a
manifestação de Jesus à humanidade. Os primeiros a receber a revelação do
recém-nascido foram os magos, representantes dos pagãos, os que viviam fora do
mundo judaico. Jesus se revela como luz, como estrela guia, a quem deseja se
deixar iluminar e conduzir por ele. Veio para todos os povos, e todos podem
acolhê-lo, desde que se abram ao dom do amor de Deus. Desde então, já não há
sentido em falar de povo rejeitado por Deus nem de diferença de raças, pois
existe uma só humanidade querida e amada por ele e redimida por Jesus. À medida
que o acolhemos e procuramos viver seu projeto de vida, podemos nos tornar,
também nós, “luz do mundo”.
Pe. Nilo Luza, ssp
FONTE: https://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/em-busca-do-recem-nascido
Acesso em
04/01/20