quarta-feira, 30 de setembro de 2020
domingo, 27 de setembro de 2020
A VERDADEIRA RELIGIÃO
Dirigida
às autoridades, sacerdotes e anciãos do povo, a parábola do Evangelho de hoje
revela quem aceita Jesus e quem o rejeita. Os dois filhos agem de forma
diferente daquilo que responderam ao pai: um respondeu “não”, mas depois foi; o
outro respondeu “sim”, mas depois não foi. Pergunta desafiadora do Mestre: qual
fez a vontade do pai? Resposta das autoridades: aquele que agiu conforme o pai
havia pedido.
Religião
não é feita só de palavras, mas sobretudo de ação, de vivência, de prática. O
papa Francisco adverte sobre “cristãos papagaios”, que só falam em religião,
mas não a vivem. Não basta dizer “Senhor, Senhor”, mas é preciso cumprir a
vontade do Pai para entrar no Reino. Uma religião que se limite ao cumprimento
de rituais e não trilhe o caminho da justiça não leva ao seguimento de Jesus.
Diante dessa parábola, poderíamos perguntar: para que serve a religião?
Tradicionalmente,
afirma-se que religião quer dizer “religar-se com a divindade”. Essa definição,
porém, pode dar a ideia de que ela não deveria se preocupar com o que ocorre no
mundo. O Vaticano 2º procurou abrir a Igreja para o mundo e não deixá-la
fechada em si mesma. O papa insiste muito nisso. Algumas “frestas nas janelas
da instituição se abriram para os ventos do Espírito”, trazendo a Boa-nova do
Evangelho. No entanto, não faltam os que tentam fechar essas frestas,
considerando-as nocivas.
Na
era das imagens, em muitos ambientes há o sério risco de a religiosidade
católica se reduzir ao estético: batinas, roupas clericais medievais,
correntes, véus… Nada disso parece ajudar a viver o Evangelho da justiça e da
transformação. Empenhar-se pelo direito dos pobres, em sintonia com as
bem-aventuranças, em alguns círculos soa quase uma ironia.
Jesus
diz que “os cobradores de impostos e as prostitutas”, abrindo-se à misericórdia
de Deus, precederão, no Reino, aos que vivem de forma farisaica. A parábola de
hoje quer nos levar a refletir sobre nossa maneira de viver a religião e a visão
que temos do Reino de Deus. Os dois filhos podem representar cada um de nós,
que alternamos momentos de compromisso com o projeto de Jesus com momentos de
fraqueza, indiferença e até crítica à proposta do Mestre.
Pe. Nilo Luza, ssp
FONTE: https://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/a-verdadeira-religiao - Acesso em 27/09/20
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
BÍBLIA: ABRE TUA MÃO PARA O TEU IRMÃO
São Jerônimo, que
viveu entre 340 e 420, foi o secretário do Papa Dâmaso e por ele encarregado de
revisar a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por
esse santo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa “popular” e o
seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias.
Ao celebrar o Mês da
Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a
amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada.
É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar
solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-Lo no mundo presente, tão
necessitado de Sua presença.
Para o ano de 2020 a
CNBB escolheu o livro do Deuteronômio para leitura, estudo e reflexão.
FONTE:https://anec.org.br/acao/mes-da-biblia/- Acesso em
21/09/20
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
FESTEIROS 2020 DIVULGAM PROGRAMAÇÃO
Após acertarem os últimos detalhes, os Festeiros 2020 divulgaram a programação da Homenagem à padroeira Nossa Senhora das Graças e São Gotardo para o próximo dia 18 de outubro.
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
MÊS DA BÍBLIA
O mês de setembro
tornou-se referência para o estudo e a contemplação da Palavra de Deus,
tornando-se em todo o Brasil, desde 1971, o Mês da Bíblia. Desde o Concílio
Vaticano II, convocado em dezembro de 1961, pelo papa João XXIII, a Bíblia
ocupou espaço privilegiado na família, nos círculos bíblicos, na catequese, nos
grupos de reflexão, nas comunidades eclesiais.
“Já são quase 50 anos que temos essa
tradição de dedicar um mês para o estudo mais aprofundado da Palavra de Deus,
então é extremamente importante que as comunidades se deixem reunir e
experimentar a Palavra de Deus. A Bíblia é para nós a Palavra de Deus revelada,
a forma que Ele dialoga continuamente conosco na história”, afirma irmã Izabel
Patuzzo, assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Este ano, 2020, a Igreja no Brasil
comemora o Mês da Bíblia, em sintonia com a Comissão Episcopal Pastoral para a
Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), fundamentando-se no livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão
para o teu irmão” (Dt 15,11). É um livro rico em reflexões morais e éticas, com
leis para regular as relações com Deus e com o próximo. Destaca-se no
Deuteronômio a preocupação de promover a justiça, a solidariedade com os
pobres, o órfão, a viúva e o estrangeiro. São leis humanitárias encontradas
também no Código da Aliança (Ex 20-23).
FONTE: https://www.cnbb.org.br Acesso em 06/09/20
domingo, 6 de setembro de 2020
REUNIÃO COM FESTEIROS
No último dia 02/09 às 19h30, os Festeiros 2020 reuniram-se com o pároco Roberto e vigário Lucivan, para juntos planejarem a Homenagem aos padroeiros.
A tradicional festa de maio foi suspensa devido a pandemia e optou-se em organizar uma homenagem no próximo dia 18 de outubro. Em breve estaremos postando as decisões tomadas.
quinta-feira, 3 de setembro de 2020
A MÍSTICA DA ESPERANÇA
“A criação abriga a esperança”. Rm.8,20
Estamos vivenciando um tempo difícil, de muitos desafios devido a pandemia. Como Cristãos, temos o dever de dar respostas convincentes, razões de nossa fé. Através de nossos bons exemplos e de nossa criatividade, Deus sempre nos proporciona esta atitude de re-fazermos e de redescobrir-nos a graça que está dentro de cada ser humano. O dom da Esperança. Desde o começo da criação, Deus nos deu esta brilhante vocação. Precisamos cuidar da vida, pois sem ela não há esperança, e sem esperança não haverá vida. Sendo assim, somos convidados pela história atual a intensificar, aprimorar e voltar inteiramente ao nosso primeiro amor: o nosso Bom Deus.
Em outras palavras, precisamos voltar a fonte
onde a vida se faz e se refaz constantemente, constituindo assim uma
Espiritualidade renovada e fortalecida, que nos possibilita a enfrentar os
reveses da vida. Jesus é a fonte desta água viva. Lembrando uma passagem
bíblica, em que narra a história de
uma mulher da Samaria, conhecida pelo encontro que teve com Jesus, próximo a um
poço. "Porém aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais
terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será Nele uma fonte, a jorrar
para a vida eterna".Jo
4:14. Sentir
e saborear a presença amorosa do encontro definitivo com Jesus é fundamental. Cada
pessoa deve fazer esta experiência de colocar-se na presença de Jesus, e neste
diálogo expressar seus sentimentos com humildade e pequenez: “dai-me de beber”!
(Re) abastecidos, confiantes e corajosos faremos toda e qualquer travessia.
Creio que este tempo em que estamos
vivenciando, é oportuno para experimentar, para viver, para amadurecer a fé.
Ouvir e escutar mais a voz do coração, é preciso exercitar. Viver a fundo uma
espiritualidade Cristã. Ter presente que o sinônimo de espiritualidade é a
interioridade. Se formos estudar na linha do tempo da tradição da Igreja, nos
apresenta a espiritualidade como esta interiorização. Citamos Santo Agostinho,
na sua experiência profunda de Deus, ele dizia: “Não sai para fora de ti,
retorna a ti mesmo. Porque a verdade habita no interior”. Para ele, rezar é
entrar dentro de nós. Porque é dentro de nós que Deus habita. O nosso “santuário interior”.
Para São João da Cruz, espiritualidade seria
“o esvaziarmos da vida, e começarmos uma realidade nova dentro de nós”. Para
São João Crisóstomo, “a oração, o diálogo com Deus, é um bem incomparável,
porque nos põe em comunhão intima com Deus”.
Na sagrada escritura, os evangelistas nos apresentam frequentemente Jesus rezando solitariamente no silêncio da noite, no auto das montanhas, no deserto, longe das pessoas, nas margens do mar, enfim. ELE também tinha esta necessidade de manter este contínuo diálogo com Deus. Há um autor chamado Cardeal José Tolentino Mendonça, que diz: “Quer sentir a espiritualidade, fecha as portas dos teus sentidos e procura Deus no teu profundo”.
Realmente a vida interior é uma vida
profunda, tensa, complexa, também rica. Penso que a vida exterior é uma vida
epidérmica superficial. Às vezes é uma vida fútil, vida vazia e muitas vezes
sem sentido. Observamos globalmente muitas relações desumanas. Precisamos
cultivar a Fé, pois, o cerne da fé é escutar a palavra, a voz de Deus, para
depois realizá-la em nossa vida. Este binômio conhecido por todos nós, fé e
vida, são inseparáveis. Santo Inácio de Loyola nos deixou esta frase lapidar:
“Em tudo amar e servir”. Por que Deus é o amor. 1Jo.4,8
O próprio Jesus nos deu o mandamento bíblico
de amar o próximo, acrescentando o novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros
como eu vos amo”. Ele é o “verbo que se
fez carne”, exemplo a seguir. ELE possui a fisionomia humana. O evangelho é a concretude
humana. Com a prática de Jesus aprendemos a amar e somos amados. Salientando
que o amor desperta a esperança. O documento de Puebla ratifica que a autêntica
proposta de encontro com Cristo se estabelece no fundamento “Trindade-Amor”.
Afinal, todo ser humano foi criado com esta capacidade de criar, de aprimorar e
de viver relações de fraternidade e de solidariedade. Somos uma só família.
Recorrendo à filosofia e à teologia, ambas
nos ajudam a pensar, nos apresentam uma antropologia humanística integrada. Não
há separação entre corpo e alma, entre o mundo interior e o mundo exterior. É
no nosso corpo que a espiritualidade se manifesta. Assim construímos a
espiritualidade na realidade do nosso tempo presente. A vida se faz neste
processo de construção, é o grande laboratório de nossa fé.
É notório que, para desenvolver-se, o ser
humano precisa tanto da interioridade como da exterioridade, tanto de meditação
quanto na ação, tanto de conhecer a si mesmo como de ir ao encontro dos outros.
Foi expresso pelo filósofo Henri Bergson: “O corpo aumentado espera um
suplemento de alma e a mecânica exigiria uma mística”.
Segundo o Teólogo José Antônio Pagola, em sua obra “JESUS Aproximação Histórica (p. 566): “A primeira coisa e a mais decisiva é esta: pôr Jesus no centro do cristianismo. Ele é o melhor que temos na Igreja. O melhor que podemos oferecer e comunicar ao mundo de hoje”. Devemos ter presente de fato que a ressurreição de Jesus é para nós a razão última e a força diária de nossa esperança.
Podemos concluir que a Mística da Esperança
é um grande potencial humano, isto é, um “dom de Deus”, que precisa ser
alimentada na oração para iluminar nosso agir. Reencantando o mundo nas
possibilidades e nos desafios. Intensificando e apoiando-se nos gestos de amor-caridade,
amor-fraternidade ao nosso próximo. Sendo, pois, como um valor-farol de nossa
missão.
Segundo o Papa Francisco, nos tempos atuais, devemos motivar-nos a “primeirizar” o amor como vida, como conduta e como missão nesta terra. A cada dia de nossas vidas, devemos acolher a súplica do Apostolo Paulo: “a deixarmo-nos reconciliar com Deus”.2Cor 5,20. Permitir-se ouvir: “Vinde Benditos de meu Pai”. Mt.25,34.
Pe. Roberto C. Favero
Carlos Barbosa, 28 de
agosto de 2020
Festa de Santo
Agostinho