quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

NATAL: TEMPO DE MISERICÓRDIA

 

      Todas as ações e as palavras do Papa Francisco nos inspiram e convidam-nos a sermos fraternos, a sermos misericordiosos e cuidadores da casa comum. Conforme a Encíclica Laudato Si, esta é nossa missão.

       Penso que é preciso cada pessoa abrir seu coração para acolher Jesus. A exemplo de Maria, ela era ouvinte da palavra, da escuta de Deus. No silêncio rezava e guardava em seu coração. Escreve Santo agostinho: “Ao ficar grávida do Verbo – da Palavra – de Deus em seu seio, ela já Dele estava grávida em seu coração”.  Se o nosso coração está fechado para o perdão, para a paz, para a humildade e para a alegria, será mais um Natal sem sentido.  É necessário pois, termos sempre presente a consciência da fragilidade de cada pessoa humana.

         Somos Chamados a fazer esta experiência do encontro com Jesus, pois transforma nossa vida, abre caminhos e nos dá sempre a Esperança. Criar vínculos de solidariedade, é ter coração samaritano. Neste contexto, viver o Santo Natal, ganha um sentido novo. Jesus Cristo, com seus ensinamentos, com seus gestos e com toda a sua pessoa, revela a misericórdia de Deus. A vinda de Jesus é para que o ser humano se configure com ele na construção do Reino. Esse é nosso compromisso diário a seguir. Devemos construir esse caminho. Ao (re)fazer o caminho com mais fé, com mais coragem e bons exemplos, caminharemos, a exemplo de Maria e de José, rumo a Belém.

     Que neste Santo Natal, possamos criar ou aprimorar oportunidades de vida melhor para todos, sendo protagonistas de paz, de caridade e de esperança, construindo uma terra de irmãos para irmãos, para reduzir as diferenças sociais.

      Para enriquecer este breve artigo, recorremos às reflexões natalinas de Santo Agostinho: “Dai mostras de júbilo, justos, porque é o natalício do Justificador. Fazei festas vós, os fracos e enfermos, porque é o nascimento do Salvador. Alegrai-vos, cativos; nasceu vosso redentor. Alegrai-vos, livres, porque é o nascimento do Libertador. Alegrem-se os cristãos, porque nasceu Cristo”. 

     O Natal também é um tempo de agradecer, porque é a vida que nasce e renasce diariamente na fraternidade e no amor, porque Deus vem se fazer um de nós. “Sendo rico, Cristo se fez pobre, para que nós participássemos de sua riqueza” (2 Cor. 8,9).  

      Um Feliz e abençoado Natal e um Novo Ano de muita paz!

        Pároco Roberto Carlos Favero