Os familiares mantiveram a tradição de conservar e enfeitar os jazigos e capelinhas de nosso cemitério e nas comunidades da paróquia. Mantem-se vivo o vínculo com os entes queridos falecidos.
Cemitério Nossa Senhora das Graças - Arcoverde
MENSAGEM
Bom Dia! Dia 02 de novembro: amanhece um dia muito especial e
diferente: Finados... Uma flor, muitas lágrimas, uma aperto no coração, um
silêncio profundo, uma prece aos céus... é assim que, normalmente, vivenciamos
o dia dedicado a todos aqueles que já não estão fisicamente em nosso meio...
Ainda bem que acreditamos na eternidade e no reencontro, um dia... Reflexivo e
abençoado dia! “Quando alguém que amamos morre, deixa de viver entre nós para
viver dentro de nós.” (Luiza Fletcher). A vida é perpassada e abraçada por um
grande mistério: a morte. A cada dia que passa é um dia a menos de vida. Ainda
bem que a reflexão e os pensamentos não se prendem no fato da morte estar à
espera de todos. Ela existe, sim, mas não impede que os dias sejam únicos e que
a felicidade continue sendo uma construção, que desconhece fim. As crenças
variam e a liberdade continua sendo um direito inerente ao ato de existir.
Acreditar na vida eterna é um alento que desmistifica a morte e abre novos
caminhos de esperança. A eternidade permite que a morte seja vista com outros
olhos, isto é, com a ótica da fé na ressurreição. A vida de todos, no final, é
convocada a fazer uma passagem, tornando a morte apenas como uma ponte da terra
para o céu. Quem morre deixa de viver fisicamente no meio dos demais, para
permanecer vivo dentro de todos. O que encerra o ciclo é apenas o físico, o
espiritual continua, tendo como morada a eternidade. Compreender essa passagem
não é tarefa fácil, pois as explicações, no final de tudo, necessitam do amparo
da fé, para harmonizar as doloridas perdas. A dor sempre tem o tamanho do amor:
quem muito ama, muito sofre. Nem por isso, o amor perde seu significado: sempre
vale a pena amar. É o amor que dá sentido à existência, ao ponto de ser a
essência do viver. É necessário um longo tempo para que a pessoa amada seja
assimilada espiritualmente, na interioridade humana. Acostumado a ver, tocar, dialogar
e abraçar, o ser humano precisa exercitar arduamente a nova presença da pessoa,
que já não existe fisicamente, mas espiritualmente dentro de si. Ninguém está
plenamente preparado para enfrentar serenamente a perda de alguém muito
querido. As lágrimas vão rolar, a falta será sentida, a ausência deixará um
vazio. Ainda bem que existe a fé na vida eterna: haverá, então, um reencontro,
onde será possível estar com todos aqueles que o amor uniu, um dia. Bênção! Paz
& Bem! Santa Alegria! Abraço!
Postagem de Frei Jaime Bettega|facebook em 02/11/20